
Era véspera de feriado de finados, mas como Paco vivia no
mundo da lua, nem sabia ao certo; sendo assim se preparou todo naquela sexta
feira quente e foi para a sua noitada.
Depois de se locomover de ônibus, trem e metro, chegou a
seu destino, como de costume pediu uma cerveja, depois duas, três... Foi a pista e dançou e cantou feito um maluco, quase sempre era assim, nem
flertar flertava alguém.
Aquela noite na parte superior teve uma apresentação de uma
cantora de música popular brasileira e Paco como curtia muito mpb, deixou a pista de dança e no
segundo ambiente sentou e ficou , bebeu mais um pouquinho e lá cantou e se alegrou mais
e mais.
Um rapaz meio que já embriagado também, puxou conversa e ficaram
horas fumando e bebendo, dali pouco se aproveitou da conversa, o tempo passou o
dia clareou e Paco agitado retornou pra sua casa. Nesta volta algo surreal aconteceu,
Paco era uma pessoa até que respeitava as datas e religiões, mas ele não sabia
da data que era, pois este respeitava em não beber, fornicar entre outras
coisas mais em certos feriados.
Na estação de trem procurou um sanitário e lá aconteceu algo
que Paco nunca esperava, ao entrar um individuo estava no mictório, Paco meio
que embriagado urinou como nunca, nisso ele sente algo e olha para trás, ele vê
umas bolinhas verdes, amarelas, vermelhas, azuis entre outras se movendo
extremamente rápidas, nisso o homem que estava ao lado sai meio que me disparada.
Quando menos espera um homem alto e forte de cor avermelhada, fica ai seu lado.
Paco calado sai do sanitário e o grande homem o segue ali no corredor travam
uma conversa informal. Entre apresentações e histórias banais, onde uma delas
era que o grande homem era de descendência indígena, sua pele de fato era
avermelhada e o cabelo preto, bem preto e escorridos, onde demonstravam claramente sua etnia.No banco da frente havia
um jovem senhor de uns 35 anos sentado na frente de Paco e do índio, ele olhava
para Paco e depois ao lado do assento, e fazia uma feição de espanto, como
pensasse , com quem ele está falando? Nisso Paco começa a observar algumas
coisas diferentes naquele grande homem avermelhado, que eram suas pupilas e nas
bochechas parecia ter uma tinta avermelhada como uma maquiagem indígena mesmo. O
índio se despede e desce na próxima estação, Paco se vira pra janela e acena
para ele, mas não viu mais nada.
Paco chega a sua casa e se banha, e cai na cama e tem o sono
dos justos, quando acorda a tardinha, foi tomar seu café e vê sua mãe na
cozinha ele sente que o dia estava diferente, sendo assim ele descobre através da
sua mãe que era dia de finados, pois ela iria visitar um ente querido no cemitério,
aí que Paco atinou, veio o olhar do índio em sua mente, o olhar do alemão com
feição de espanto, as luzes coloridas no sanitário, que nada mais era que a
materialização do personagem indígena. Sendo assim nos próximos anos de finados
Paco se atentou quando era dia de finados e nunca mais saiu para boêmias e a esbórnia.
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