sábado, 6 de outubro de 2012

FILHINHO DE PAPAI


                               
Dessa vez o nosso heroico ascensorista Severino enfrentou outro chato, mas dessa vez um jovem chato. 

Sendo um prédio familiar, entre aspas. Existiam donas de casa que cozinhavam e negociavam seus quitutes e guloseimas e trafegavam no elevador tais produtos deixando o perfumado, isso entre outros que recebiam dos mais variados tipos de comidas dos deliverys, principalmente a pizza sagrada,  as esfihas, comidas chinesas e até um saboroso frango assado acompanhado do cheiroso pão francês.

O elevador estava sendo controlado  o sobe e desce, isto devido algumas pessoas pularem dentro do próprio o deixando desnivelado, de superlota-lo, ultrapassando o peso estipulado, riscarem e apertarem vários botões no painel.

Nas primeiras semanas nosso heroico personagem recebeu uma chuva de caras feias, reclamações e frases ressentidas como:

Em que ponto nós chegamos, controlados por um ascensorista!
Alguns não percebiam que era pro bem de todos.

Mas  entre uma conversa e outra, muita paciência, as coisas foram se acalmando e a poeira foi baixando.

De vez em quando havia um inconformado e mala a soltar uma piadinha. Certo feito, dois irmãos estavam a subir para o seu apartamento e nosso herói estava como de costume lendo ou brincando com aqueles joguinhos anti-estresse do celular, afinal, foi lhe permitido! 

Geralmente Severino carregava uma pochete, onde ao lado da cintura ficava um volume por cima da camisa, onde devidamente chamava atenção de algum curioso. 

O jovem chato interpela para a irmã:

- Nossa, mas que cheiro de coxinha. – em um tom de nojo e despeito, olhando soberbamente para o ascensorista.

Uma moradora muito simpática tinha acabado de descer para o Hall para entregar uma encomenda de salgados.

O nosso sábio não pode conter-se ao comentário e disse:

- É... Realmente! Acabaram de descer com várias coxinhas,afinal nesse elevador entra pizza, esfiha, pamonhaaa!... Nem posso estar com muita fome, e assim sorri. 

Severino sabia no seu intimo que o jovem morador estava lhe provocando, afinal ele infelizmente como outros moradores já havia sido barrado para não subir ou descer devido ao controle de peso.

Ele como era jovem e ainda inconformado com as barreiras que a vida nos traz, obviamente queria revidar esse incomodo, se queixando indiretamente ao ascensorista.

Saíram do elevador e depois de tempo com aquela sua feição de menino mimado onde vivia a suspirar de algumas coisas da vida, tipico de adolescente, o pior foi Severino ter o desprazer de conhecer seu enorme pai, no mesmo dia do comentário da maravilhosa coxinha.

Em pouco tempo o jovem mancebo voltou com o pai, que estava com um objeto de metal brilhante na mão, onde nosso herói fingiu não se assustar, porque o olhar do pai tava parecendo de um Pitbull.

Em breve Severino se encontrou novamente, mas dessa vez ele estava com visitas que carregavam algumas malas, quando todas malas estavam fora do elevador ele disse debochadamente:

- Só falta uma mala! E olhou pra Severino.

Mas não havia mais nenhuma mala no elevador, Severino ai percebeu o porque do jovem filho ter aquele  jeito meio estranho de ser, fazer o que, ninguém é perfeito, nem igual a ninguém.

Afinal somos malas semelhantes.(RISOS)

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