domingo, 16 de agosto de 2015

A ORELHA FIDÉLIS NO BAR FERRADURA



A Orelha Fidélis muda e cultural 
reside na parede do acervo, transcendental...
Lá se farta da pura poesia,
música, dança e filosofia.

Uns estão a pensar...
Como assim?
Orelha não fala mesmo!
Mas essa Senhora Orelha escuta e inspira.
Única e perfeita
no Ferradura Bar, 
da doce Nancy Santos.

Lá a Orelha se embriaga...
Só de ver os poetas
na boemia... 
Desce cerveja,
desce o bom vinho,
provemos uma iguaria...

O chapéu mágico 
ancorava em cabeças
poéticas e lhe vinham a inspiração.

Poesias dançavam e riam...
Às vezes choravam e gritavam
seus anseios e protestos.
Mas de repente!
A Orelha se arrepia...
Como uma língua 
lhe tocadasse!...
Foi o poeta Ribeiro apaixonado
que declamou iluminado:
"Cascos de um velho navio"

Parecia até um teatro nobre
Da Grécia antiga...
E dos mais nobres sentimentos,
Surgiam acordes, melodias e vozes...

Naquela parede ela ria e ria
na sua moradia que é 
no acervo cultural
“Agostinho Santos”
Onde a paulada poética
por encanto... 
Deixa as noites fenomenais.




Mário Amâncio Azevedo - 15 de agosto de 2015




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