Uma árvore na planície, sozinha é desolada,
tendo por consolo de estar no pé da estrada.
Ao longe seu moço caminha e quem sabe se anima,
para descansar na sombra amiga.
Árvore:
- Seu moço, por favor, me faça companhia!
fique debaixo da minha sombra amiga,
que lhe dou em troca da sua nobre pessoa,
pois tão sozinha estou!
Homem do campo:
-sozinha por pouco tempo,
pois sinto que vem com o vento,
chuva boa de verão.
Donde venho não tem sombra,
Só calor e força bruta,
Pois a sina do homem do campo
e morrer nessa labuta.
Árvore:
-A vida é mesmo assim,
nem tudo é perfeito, mas meu nobre amigo carrega em seu peito,
sua doce liberdade por direito,vai pra onde desejar...
Homem do campo:
- Realmente só estou preso a terra e ao canavial,
donde vem todo meu pão e desse mal não morro não,
pois tenho em minhas mãos uma muda da sua espécie,
a qual prato pra ti animar.
Árvore:
- Que alegria seu moço!
Faço todo esse alvoroço,
Por tão jovem companhia a desfrutar,
E quem sabe um dia arborizar o amor.
Homem do campo:
- Sendo assim, parto feliz! Tenho que ir embora, pois dos meus pequenos, que são minha vida, também tenho que cuidar, alimentar e amar.
Até mais dona árvore...Seja feliz!
Árvore:
Se Deus quiser, até breve!
Aqui eu estou a esperar, e a verdadeira amizade deixar.
Como você nobre homem do campo, que não deixou a desejar,
Pois em mim plantou a viva esperança e a doce lembrança de amanha o ver passar.
E quando o homem do campo estava distante caem às primeiras gotas de chuva,
onde se misturavam com as gotas de lágrimas de felicidade da dona árvore e o homem do campo ri do frescor da sua nova amiga.
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