sábado, 12 de junho de 2010

A ÁRVORE E O HOMEM DO CAMPO



Uma árvore na planície, sozinha é desolada,

tendo por consolo de estar no pé da estrada.

Ao longe seu moço caminha e quem sabe se anima,

para descansar na sombra amiga.

Árvore:

- Seu moço, por favor, me faça companhia!

fique debaixo da minha sombra amiga,

que lhe dou em troca da sua nobre pessoa,

pois tão sozinha estou!

Homem do campo:

-sozinha por pouco tempo,

pois sinto que vem com o vento,

chuva boa de verão.

Donde venho não tem sombra,

Só calor e força bruta,

Pois a sina do homem do campo

e morrer nessa labuta.

Árvore:

-A vida é mesmo assim,

nem tudo é perfeito, mas meu nobre amigo carrega em seu peito,

sua doce liberdade por direito,vai pra onde desejar...

Homem do campo:

- Realmente só estou preso a terra e ao canavial,

donde vem todo meu pão e desse mal não morro não,

pois tenho em minhas mãos uma muda da sua espécie,

a qual prato pra ti animar.

Árvore:

- Que alegria seu moço!

Faço todo esse alvoroço,

Por tão jovem companhia a desfrutar,

E quem sabe um dia arborizar o amor.

Homem do campo:

- Sendo assim, parto feliz! Tenho que ir embora, pois dos meus pequenos, que são minha vida, também tenho que cuidar, alimentar e amar.

Até mais dona árvore...Seja feliz!

Árvore:

Se Deus quiser, até breve!

Aqui eu estou a esperar, e a verdadeira amizade deixar.

Como você nobre homem do campo, que não deixou a desejar,

Pois em mim plantou a viva esperança e a doce lembrança de amanha o ver passar.

E quando o homem do campo estava distante caem às primeiras gotas de chuva,

onde se misturavam com as gotas de lágrimas de felicidade da dona árvore e o homem do campo ri do frescor da sua nova amiga.











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