quarta-feira, 16 de junho de 2010

JOSÉ E A DAMA FLOR






(José)
-Olá dama flor, toda bela e viçosa,
estás a embelezar o calçadão...
Onde gentes de todo tipo,
de toda parte e todo pito,passam
miram-te como fosse o infinito.
Caminho e encanta-me, quanto aos outros
Não sei qual a intensidade e proporção ,
Mas a minha te digo, estás a fascinar me.
(a flor)
- Encanto por minha beleza, não vê José.
A lua é bela porque se espelha em mim,
as ondas do mar, o firmamento...O tudo!...
(José)
-Nossa!...Como és convencida.
(a flor)
-Apenas realista.
(José)
-Éh!...E pouco humilde.
(a flor)
-Talvez ,mas bela.
Nunca imaginei que um simples mortal,
Pudesse comunicar através do meu ar.
(José)
Ah!...és dona das águas do mar também ?
(a flor)
Há!... Quase, menos do mar.
(José)
Pudera, dama flor, pelo seu tamanho e proporção.
(a flor)
-Mas não há de ser nada, um dia ele me pertencerá.
Agora dê me licença tenho que tirar meu sono de beleza...
Ahhh!...Essa conversa deixou me exaurida.
(José)
- Éhhh...vou nessa sutil despedida?!
O tempo passa, José da o ar da graça depois de meses
Mas cadê Dama flor? Cheia de pompa, feito uma taça cristalina.
Nas margens do calçadão não está, será que se mudara...Quem sabe?
José sentado num banco em frente ao mar ao ler o jornal se assusta...
E ao mesmo tempo faz do caso troça.
(José)
- Nossa o desejo da Dama flor foi tão intenso
que ganhou o mar na semana passada.
Mas foi na grande ressaca, com certeza
virou uma rainha na sua cabecinha
dentro da barriga de alguma sardinha.
Ehh!... A pretensão em forma de flor.


Inspiração no Calçadão do Balneário Camboriú

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