Lá viviam rostos felizes que foram diminuindo sensivelmente através dos meses de crise no turismo. Os dois primeiros anos e meio foram os mais felizes da minha vida no Estado de Santa Catarina, porém um crime envolvendo o sumiço de uma criança e o aparecimento da mesma de onde foi constatado que foi ferida de forma brutal e medonha definitivamente me fez por os pés no chão após vários impasses.
O clima entre comerciantes não era de grandes expectativas e toda minha euforia e encanto se perderam pelas dificuldades da época e fui morrendo aos poucos sem ao menos perceber a gravidade. Certo feito uma bela menina de aproximadamente sete anos, que é filha de um dos comerciantes do centro comercial, me perguntou por que eu era triste, fiquei admirado pela sua observação e tentei dar uma leve explicação e desfiar sua atenção para outro assunto. Quando comentei para seu pai da pergunta da filha, ele balançou a cabeça e argumentou, minha filha é fogo, nada passa despercebido dela.
Um dia sonhei com minha irmã caçula e no sonho nós nos abraçávamos e eu me lamentava de meu estado de espírito, parecia tão real o encontro, foi num plano acima do planeta, aquele dia acordei e levantei bem leve.
Na mesma semana minha irmã me liga e através da conversa me pergunta se realmente eu estava bem,
disse que sim, afinal nunca eu falava o que faltava ou se estava passando por alguma dificuldade.Ela então disse:
Que não era ela que estava dizendo e sim o seu marido.
Refleti e confidenciei que realmente eu não estava bem, na mesma hora ela disse que me pegariam naquele mesmo final de semana.
E assim minha estadia num bairro de São Francisco, foi longa e ao mesmo tempo curta.
De um lugar que tanto amei, deixou para trás de uma forma pesarosa e triste, mas o destino me reservava surpresas e uma saída mais digna daquela bela cidade.
Ao chegarmos a sua casa, meu cunhado foi claro e incisivo... Marinho fique o tempo que você quiser e precisar, enquanto você não estiver bem, fique conosco, virou-se para minha irmã e disse:- Deixe seu irmão a vontade, se ele quiser sair o deixe voltar à hora que quiser e, de a chave de casa para ele. Presumo que nem um irmão faria o que ele estava fazendo. E assim fui saindo , me divertindo, conhecendo pessoas e me refazendo psicologicamente e fisicamente... Graças a minha bela e paciente família.
Minha sobrinha era pequena na época, foi bem interessante o contato tio-sobrinha, espera que ela tenha sinceras e boas lembranças com o tio poeta e cheio de ilusão... Refiz-me psicologicamente e financeiramente e parti firme e forte onde residi mais dois anos e meio naquele paraíso, onde tive a chance de escrever mais um livro e ganhar muitos amigos. e assim parti.
Certo feito depois de uns anos meu cunhado teve uma depressão, não tinha grande motivos afinal estava estabilizado e com uma bela família, minha irmã , há anos tentava ter um novo filho mas nada acontecia , e no momento certo venho um lindo e forte garoto, a depressão sumiu a família a mais se uniu e todos ficaram felizes.
Um dia a família reunida foi passar um final e semana comigo, foi marcante e importante.
Sempre desejei o melhor pela família, porém vibramos mais quando vemos um gesto tão nobre de um membro que se agregou e demonstrou sem interesses gesto marcante.
Sorte pra ti e pra família sempre!
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