domingo, 21 de novembro de 2010

O POETA MORTO




Ele clamava
dentro de um corpo de homem
por seu próprio sepultamento.
Ressuscite ou enterre-o!
Não o deixe em estado pútrido...
A mercê dos abutres do capitalismo selvagem,
aonde atravessam impetuosamente o seu coração.
O poeta estava morto dentro da sua própria terra natal...
Assim de nada serve, nada ilustra ou elucida!
Também nada gera,
 pois vive fora de onde vivia a sonhar...
Morto! Onde vária vez estivera.
O poeta desejava o conforto da mãe-natureza,
o sussurro da mãe-terra que gera
o amor...A vida!
Entre os morros, as igrejas,
a arte barroca, o céu límpido ou encoberto...
Ele entoaria o seu clamor,
embalado no berço dos grandes mestres e
inconfidentes,onde a terra geral gera.
Ó! Ilusionista e sonhador, entre drogas legalizadas e
fracassos, abala o seu corpo, anestesia a sua mente.
Então corra!...
Corra como um cavalo livre entre os vales e
montanhas, sentindo o cheiro da mais pura poesia
como o mais saboroso e inigualável pão de queijo mineiro,
onde o prazer é bendito...
Cabendo até como um último
suspiro ou beijo...
Ressuscita...
Ó poeta!
Para seu novo despertar




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