Ele clamava
dentro de um corpo de homem
por seu próprio sepultamento.
Ressuscite ou enterre-o!
Não o deixe em estado pútrido...
A mercê dos abutres do capitalismo
selvagem,
aonde atravessam impetuosamente o seu
coração.
O poeta estava morto dentro da sua
própria terra natal...
Assim de nada serve, nada ilustra ou
elucida!
Também nada gera,
pois vive fora de onde vivia a
sonhar...
Morto! Onde vária vez estivera.
O poeta desejava o conforto da
mãe-natureza,
o sussurro da mãe-terra que gera
o amor...A vida!
Entre os morros, as igrejas,
a arte barroca, o céu límpido ou
encoberto...
Ele entoaria o seu clamor,
embalado no berço dos grandes mestres
e
Ó! Ilusionista e sonhador, entre
drogas legalizadas e
fracassos, abala o seu corpo,
anestesia a sua mente.
Então corra!...
Corra como um cavalo livre entre os
vales e
montanhas, sentindo o cheiro da mais
pura poesia
como o mais saboroso e inigualável pão
de queijo mineiro,
onde o prazer é bendito...
Cabendo até como um último
suspiro ou beijo...
Ressuscita...
Ó poeta!
Para seu novo despertar
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