quarta-feira, 11 de junho de 2014

MARIO QUINTANA E A COZINHEIRA PRETA


Talvez hoje Mario Quintana estivesse sendo processado
,quem sabe preso,exagerando o caso, ou teríamos menos uma poesia
em nossas vidas...Tudo por causa da poesia "Cozinheira":

“A cozinheira preta preta
preta e gorda com seu fresco sorriso de lua”

Além do adjetivo "preta" ressaltou sua obesidade.
Hoje não pode...
Os tempos mudaram, 
Segundo uma amiga negra cult, preta é cor,
somos todos gentes, diz ela com seu sorriso de lua..
Então digo raça negra,
bom,sou da raça branca...
Misturado com índio, negro e europeu,
então nem sei quem sou.
Minha amiga é letrada e tem destaque nas escolas,
 uma Cordeira nata no sobrenome.
Eu me sinto gente branca canjica, um tanto desbotado
comparado a meu lindo país de gentes morenas vários tons...
Mas vivo! E viva as diferenças...
Riqueza sem fim.
Se eu fosse negro queria ser um de Salvador, alegre nas micaretas
e festas de Gandhi; em Belo horizonte ou outras cidades mineiras
seria um belo príncipe negro diamante;
no Rio de Janeiro um grande sambista;
Rio Grande do Sul um admirador do poeta Quintana,
alias seria seu conterrâneo bah!...
São Paulo um nevrogado, sim! Por que não?...
Defendendo  meus próprios direitos de raça ou gente.

Outros amigos mais avançados me dizem;
Não! negro não...Sou afrodescendente;
mas é minha nega então?
Minha neguinha que chamo tão carinhosamente,
Ah...Pretinha ti amo muito e com paixão,
afrodescendente no amor nem combina meu nego...
Se Mario Quintana hoje vivo jogaria fora
sua sutil  e delicada poesia...
“A cozinheira preta preta
preta e gorda”...
Que pena tudo isso,
deixamos disso.
Vem cá
 minha nega ou nego
e vamos poetizar.

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